quinta-feira, 21 de março de 2013

Atividade de sexta-feira( 22/03/ 13) para turma CD1

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Mendonça Filho pede informações sobre os critérios de correção das provas do Enem


Publicação: 21/03/2013 09:14 Atualização: 21/03/2013 09:27
O deputado federal Mendonça Filho (DEM) apresentou nesta quarta-feira (20) requerimento na Comissão de Fiscalização e Controle Financeiro da Câmara dos Deputados pedindo informações ao Ministro da Educação, Aluizio Mercadante, sobre os critérios utilizados na correção da redação do ENEM. A correção das redações do ENEM vem sendo questionada após denúncia da imprensa de que textos com erros grosseiros receberam nota máxima. “É inadmissível que a avaliação das redações do ENEM fique sujeita a julgamento subjetivo e até mesmo ideológico. Isso gera insegurança para os estudantes e abre espaço para atos de favorecimento e até corrupção”, afirmou.
O requerimento de informações deve ser votado na próxima quarta-feira (27), na sessão da Comissão de Fiscalização. Se for aprovado, o ministro terá de informar os critérios utilizados na correção das provas em relação aos pontos retirados dos candidatos atribuídos a erros na norma culta e os pontos atribuídos à compreensão e ao desenvolvimento do tema dentro dos limites estruturais do texto. O requerimento pede, ainda, que o ministro informe os pontos atribuídos aos argumentos e à defesa do ponto de vista abordados pelo aluno, os pontos atribuídos à utilização dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação e os pontos atribuídos à conclusão e às propostas de intervenção ao problema abordado.
“Uma denúncia dessa gravidade, que compromete a vida de milhares de jovens no País, não pode ser tratada pelo Ministério com uma nota considerando que a redação pode ter pontuação máxima, mesmo apresentando erros na competência avaliada. Isso é premiar quem não”, destacou. O deputado criticou, ainda, o fato de o Governo do PT querer relativizar até a norma culta da própria língua portuguesa. “O Governo tem que ter compromisso e retirar aqueles examinadores que não agiram corretamente”, completou. As denúncias da imprensa demonstram que as orientações do Guia do Participante da Redação do ENEM, divulgado pelo INEP, não foram observadas na correção das redações.
Com informações da assessoria de imprensa do DEM
www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2013/03/21/

quinta-feira, 14 de março de 2013

Atividade de  sexta-feira para a turma CD1

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O mundo está encolhendo - MARTHA MEDEIROS
ZERO HORA


O mundo não vai acabar, mas certamente está diminuindo de tamanho.

Antes, cada país preservava sua cultura e seus costumes. Hoje, todos possuem vários McDonald’s, Starbucks, Outback, Subway – nenhum viajante se sente longe de casa, o fast food da esquina impede a sensação de estrangeirismo. O mundo encolheu.

Antes, levávamos dias para chegar a um local, semanas para atravessar um país. Hoje, para estar em qualquer lugar basta uma teclada, uma câmera virtual, e assim economizamos tempo, dinheiro e romantismo. Eliminou-se o trajeto. O mundo encolheu.

Antes, cada lar era sagrado, a intimidade era assunto de poucos, havia uma sacralidade que, mesmo informal, preservava os pecados internos. Hoje, o que nosso pai diz está no Twitter, nossa mãe tem perfil no Face, nossa casa não tem mais paredes. O mundo encolheu.

Antes, o que se escrevia era de autoria particular, indevassável. Hoje, há vários autores caçando palavras alheias, várias fontes a quem é atribuído o mesmo texto, não há mais o dono da ideia, tudo o que se diz e escreve é de quem viu primeiro, basta adotar como seu. O mundo encolheu.

Antes, os amores eram secretos, as dores eram particulares, chorava-se em silêncio e em privacidade, ninguém sabia o que você sentia, a não ser que você fosse poeta. Hoje a dor de amor é produto externo bruto, fatura-se com o coração ferido. O mundo encolheu.

Antes, a amizade era confeccionada com o tempo, era preciso meses para confiar, anos para decretar que o vínculo seria eterno, havia uma trajetória a cumprir antes do abraço indissolúvel, os padrinhos de casamento eram escolhidos entre os irmãos. Hoje, o melhor amigo é aquele de segunda-feira, que te deu uma carona. O mundo encolheu.

Antes, o conteúdo dignificava, estabelecia uma triagem natural entre quem era consistente e quem não tinha substância para fazer diferença. Sabedoria e conhecimento tinham valor. Hoje, se o sujeito concorda contigo, basta para ser teu ídolo. O mundo encolheu.

Antes, a polidez não era um fricote, e sim uma atitude honrada. Ser respeitoso não merecia escárnio, e sim retribuição equivalente: bons tratos eram recorrentes entre cavalheiros e damas. Ampliava-se a civilidade. Hoje, respeitar está fora de moda, moderno é ser cruel. O mundo encolheu.

Antes, o prazer não tinha valor diante do desprazer do outro, nada valia ser feliz à custa das infelicidades alheias, havia uma corrente silenciosa e íntegra que avisava: ou todos, ou nenhum. Hoje, restritos em nossas individualidades, é comum passarmos por cima até dos nossos afetos. O mundo encolheu.

Estamos promiscuamente embolados, sem espaço para ampliar nossa existência. O mundo encolheu e alguns vão sobrar. Já estou com meio corpo pra fora.

quinta-feira, 7 de março de 2013