sexta-feira, 19 de abril de 2013

Atividade de sexta-feira (19/04/13) para turma CD1
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Eutanásia: quem decide a hora certa de morrer?
As denúncias envolvendo a médica Virgínia Helena de Souza, acusada de antecipar a morte de pacientes na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, Paraná, reacenderam, neste ano, a polêmica sobre um assunto antigo: a eutanásia. A palavra de origem grega significa boa morte e refere-se ao direito que os indivíduos teriam de optar por encerrar a vida de modo antecipado e sem dor. Isso é visto por  muitos como um alívio aos doentes incuráveis que sofrem exageradamente, por longos tempos, no aguardo da morte. Há países, como Holanda e Bélgica, nos quais a eutanásia é legalizada, mas, no Brasil, é crime. O tema desperta muitas discussões: se estiver consciente, o doente tem o direito de decidir quando parar de viver? E se estiver inconsciente, a família poderia ter esse direito? Caso fosse legalizado, quem teria a tarefa de ajudar o doente a provocar a própria morte? E os médicos, como deveriam agir, já que juraram defender a vida?

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Atividade de sexta- feira ( 05/04/2013)  para a turma CD1

Crise econômica na Europa força nova fase de emigração de portugueses

Lisboa – A crise econômica internacional que afeta especialmente os países do sul da Europa está incentivando a emigração portuguesa. Os principais destinos são os países do norte da Europa menos afetados pela crise, como Alemanha, Inglaterra e Luxemburgo. Há também correntes migratórias para Angola, Brasil e Moçambique; países falantes do idioma português.
A diáspora portuguesa não ocorre pela primeira vez na história. Portugal, sendo um pequeno país, ex-império colonial e tendo uma população reconhecida pela capacidade de adaptação cultural, há muitos anos é tido como um país de emigrantes – inclusive para o Brasil. Conforme estatística aceita por especialistas, há cerca de cinco milhões de lusitanos e seus descendentes diretos vivendo mundo afora. Desses, cerca de 2,3 milhões são nascidos em Portugal – número que se aproxima de um quarto da população residente no país (10,2 milhões).
De acordo com a socióloga Filipa Pinho, coordenadora da equipe técnica do Observatório da Emigração do Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL), o que diferencia os processos de emigração no século 21 é que “há mais liberdade de circulação, intercomunicação e aproximação de fronteiras”.
A internet favorece que as pessoas que queiram emigrar acionem redes locais de apoio e solidariedade no país de destino, além de disponibilizar informações instantâneas e a chance de pesquisar emprego e oportunidades de negócio. Esse é o caso de Bruno Carvalho, solteiro com 30 anos, que pensa em emigrar para algum país asiático e lá abrir um pequeno negócio como padaria ou doceria. Ele não descarta ir para o Brasil, mas teme a violência, lembra do custo de vida e desconfia de como será o futuro da economia brasileira após os Jogos Olímpicos de 2016; “não vejo que haja de fato bom desempenho econômico”, disse à Agência Brasil.
A principal razão para Bruno planejar a vida fora de Portugal é 'a falta de perspectiva' em seu país e o desejo de viver em lugares de outra cultura. Apesar de estar empregado como caixa de uma rede de supermercados em meio período, Bruno avalia ter potencial e tempo para outras atividades – antes da crise tinha dois empregos. A outra atividade, da qual foi demitido em outubro do ano passado, era de assistente de escala na pista do Aeroporto de Lisboa.
A emigração de pessoas jovens como Bruno Carvalho poderá ter efeito grave no futuro de Portugal, cuja população envelhece acentuadamente pondo em risco o sistema de seguridade social. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas, órgão português equivalente ao IBGE, na última década a população do país só cresceu em 200 mil habitantes – especialmente imigrantes, dos quais 77 mil eram brasileiros. O número de filhos por mulher portuguesa caiu de 1,56, em 1990, para 1,36, em 2010. No Brasil a taxa era de 1,9 filho por mulher, em 2010.
Por ora, a emigração tem garantido mais divisas ao país. Nos últimos anos, cresceu o saldo positivo das transações (envio e recebimento de euros) com Alemanha, Inglaterra e Luxemburgo; assim como com Angola. No caso do Brasil, os dados coletados pelo Observatório da Emigração ainda registram fluxo monetário favorável ao Brasil por causa da colônia de 111 mil habitantes residentes em Portugal.
De 2008 para 2011, a entrada oficial de portugueses no Brasil passou de 482 pessoas ao ano, para 1.564. O registro consular português contabiliza que a população lusitana entre os brasileiros cresceu de 384 mil para mais de 425 mil. O registro, no entanto, não é obrigatório e o dado pode incluir descendentes nascidos no Brasil e pessoas que se registraram muito tempo depois de emigrarem.
Entre os portugueses, há quem ache vantajosa a emigração para o Brasil, mas há quem reclame do mercado de trabalho ser de difícil acesso, como é o caso dos engenheiros que não conseguem registro para trabalhar. Para contornar essa situação, nesta quinta-feira (21), a Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (Crup) assinaram, em Brasília, um memorando de entendimento para agilizar os processos de reconhecimento, revalidação e equivalência de graus e títulos acadêmicos.
                                                          
                                                                                                  Gilberto Costa
                                                                                              Correspondente da Agência Brasil/EBC
                                                                                                                                22/03/2013
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quinta-feira, 21 de março de 2013

Atividade de sexta-feira( 22/03/ 13) para turma CD1

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Mendonça Filho pede informações sobre os critérios de correção das provas do Enem


Publicação: 21/03/2013 09:14 Atualização: 21/03/2013 09:27
O deputado federal Mendonça Filho (DEM) apresentou nesta quarta-feira (20) requerimento na Comissão de Fiscalização e Controle Financeiro da Câmara dos Deputados pedindo informações ao Ministro da Educação, Aluizio Mercadante, sobre os critérios utilizados na correção da redação do ENEM. A correção das redações do ENEM vem sendo questionada após denúncia da imprensa de que textos com erros grosseiros receberam nota máxima. “É inadmissível que a avaliação das redações do ENEM fique sujeita a julgamento subjetivo e até mesmo ideológico. Isso gera insegurança para os estudantes e abre espaço para atos de favorecimento e até corrupção”, afirmou.
O requerimento de informações deve ser votado na próxima quarta-feira (27), na sessão da Comissão de Fiscalização. Se for aprovado, o ministro terá de informar os critérios utilizados na correção das provas em relação aos pontos retirados dos candidatos atribuídos a erros na norma culta e os pontos atribuídos à compreensão e ao desenvolvimento do tema dentro dos limites estruturais do texto. O requerimento pede, ainda, que o ministro informe os pontos atribuídos aos argumentos e à defesa do ponto de vista abordados pelo aluno, os pontos atribuídos à utilização dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação e os pontos atribuídos à conclusão e às propostas de intervenção ao problema abordado.
“Uma denúncia dessa gravidade, que compromete a vida de milhares de jovens no País, não pode ser tratada pelo Ministério com uma nota considerando que a redação pode ter pontuação máxima, mesmo apresentando erros na competência avaliada. Isso é premiar quem não”, destacou. O deputado criticou, ainda, o fato de o Governo do PT querer relativizar até a norma culta da própria língua portuguesa. “O Governo tem que ter compromisso e retirar aqueles examinadores que não agiram corretamente”, completou. As denúncias da imprensa demonstram que as orientações do Guia do Participante da Redação do ENEM, divulgado pelo INEP, não foram observadas na correção das redações.
Com informações da assessoria de imprensa do DEM
www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2013/03/21/

quinta-feira, 14 de março de 2013

Atividade de  sexta-feira para a turma CD1

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O mundo está encolhendo - MARTHA MEDEIROS
ZERO HORA


O mundo não vai acabar, mas certamente está diminuindo de tamanho.

Antes, cada país preservava sua cultura e seus costumes. Hoje, todos possuem vários McDonald’s, Starbucks, Outback, Subway – nenhum viajante se sente longe de casa, o fast food da esquina impede a sensação de estrangeirismo. O mundo encolheu.

Antes, levávamos dias para chegar a um local, semanas para atravessar um país. Hoje, para estar em qualquer lugar basta uma teclada, uma câmera virtual, e assim economizamos tempo, dinheiro e romantismo. Eliminou-se o trajeto. O mundo encolheu.

Antes, cada lar era sagrado, a intimidade era assunto de poucos, havia uma sacralidade que, mesmo informal, preservava os pecados internos. Hoje, o que nosso pai diz está no Twitter, nossa mãe tem perfil no Face, nossa casa não tem mais paredes. O mundo encolheu.

Antes, o que se escrevia era de autoria particular, indevassável. Hoje, há vários autores caçando palavras alheias, várias fontes a quem é atribuído o mesmo texto, não há mais o dono da ideia, tudo o que se diz e escreve é de quem viu primeiro, basta adotar como seu. O mundo encolheu.

Antes, os amores eram secretos, as dores eram particulares, chorava-se em silêncio e em privacidade, ninguém sabia o que você sentia, a não ser que você fosse poeta. Hoje a dor de amor é produto externo bruto, fatura-se com o coração ferido. O mundo encolheu.

Antes, a amizade era confeccionada com o tempo, era preciso meses para confiar, anos para decretar que o vínculo seria eterno, havia uma trajetória a cumprir antes do abraço indissolúvel, os padrinhos de casamento eram escolhidos entre os irmãos. Hoje, o melhor amigo é aquele de segunda-feira, que te deu uma carona. O mundo encolheu.

Antes, o conteúdo dignificava, estabelecia uma triagem natural entre quem era consistente e quem não tinha substância para fazer diferença. Sabedoria e conhecimento tinham valor. Hoje, se o sujeito concorda contigo, basta para ser teu ídolo. O mundo encolheu.

Antes, a polidez não era um fricote, e sim uma atitude honrada. Ser respeitoso não merecia escárnio, e sim retribuição equivalente: bons tratos eram recorrentes entre cavalheiros e damas. Ampliava-se a civilidade. Hoje, respeitar está fora de moda, moderno é ser cruel. O mundo encolheu.

Antes, o prazer não tinha valor diante do desprazer do outro, nada valia ser feliz à custa das infelicidades alheias, havia uma corrente silenciosa e íntegra que avisava: ou todos, ou nenhum. Hoje, restritos em nossas individualidades, é comum passarmos por cima até dos nossos afetos. O mundo encolheu.

Estamos promiscuamente embolados, sem espaço para ampliar nossa existência. O mundo encolheu e alguns vão sobrar. Já estou com meio corpo pra fora.

quinta-feira, 7 de março de 2013